Ensino de ditadura civil-militar em tempos de “Escola Sem Partido”
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271992712Parole chiave:
Ditadura, Ensino de História – Brasil, História - 1964/1985.Abstract
Este artigo aborda como a organização Escola Sem Partido (ESP) trata o ensino da ditadura civil-militar. As estratégias, objetivos e atuações da ESP são avaliados, bem como é traçada uma discussão historiográfica sobre as memórias em debate acerca da ditadura civil-militar. A metodologia está embasada na análise de algumas fontes documentais produzidas pela ESP, objetivando refinar a compreensão das forças sociais e dos sujeitos envolvidos com o movimento e com os interesses subjacentes ao seu discurso. Assim, problematiza o modo escolar e acadêmico de lidar com o ensino da ditadura civil-militar, percebendo que, ao contrário da necessidade de um debate democrático sobre o processo de ensino, a ESP defende o retorno de visões que corroboram com a ditadura típica dos anos 60 e 70. Diante disso, o estudo de temas traumáticos permanece relevante nos dias atuais e, apesar das pressões feitas pela ESP e por outras forças conservadoras, a ditadura civil-militar deve ser abordada de forma crítica, sendo problematizada em suas diferentes versões a partir dos conflitos de memória.
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