Sentidos y significados sobre religiones de matrices africanas en el contexto de la escuela

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14244/198271995514

Palabras clave:

Relaciones raciales, Racismo, Religión y educación, Formación docente.

Resumen

Este trabajo tiene como objetivo comprender cómo se producen las interacciones escolares entre alumnos y docentes en cuanto al tema de las religiones de matrices africanas. La metodología cualitativa utilizó técnicas de observación participante, círculos de conversación con estudiantes de secundaria, así como entrevistas con profesores y administradores de una escuela pública en una ciudad del Gran São Paulo. Basado en la teoría histórico-cultural, el análisis de los datos se centró en las mediaciones entre estudiantes y adultos en la escuela de acuerdo con las posiciones adoptadas frente a las desigualdades étnico-raciales en los espacios escolares, especialmente en lo que se refiere a cuestiones religiosas. Los resultados mostraron que los adherentes a religiones de origen africano pasan por constantes situaciones de discriminación, tanto fuera como adentro de la escuela. El análisis de los datos denuncia la forma en que tales adscripciones religiosas son ocultadas y omitidas en los espacios institucionales, tanto desde el punto de vista de los estudiantes como desde los relatos de los docentes. Se concluye que la representación estereotipada y prejuiciosa de las creencias afrobrasileñas ha dado lugar a situaciones de violencia simbólica en el cotidiano de los actores escolares, en las que sólo se reconocen hegemónicamente las religiones cristianas. Tales procesos refuerzan el racismo estructural e institucional, destacando la necesidad de una formación continua de los docentes para hacer frente a la intolerancia religiosa que se expresa de las más variadas formas en los contextos educativos.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Cintia Quina da Silva, Universidade de São Paulo - USP

Doutoranda do Programa de Pós graduação da Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Licenciada em História. Professora da Rede Estadual de Ensino de São Paulo na de Educação Básica II na área de História e Cultura Afro-brasileira e africana.

Edna Martins , Universidade Federal de São Paulo - Unifesp

Doutora em Educação (Psicologia da Educação) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora Associada da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP no Departamento de Educação. Credenciada no Programa de Pós-graduação em Educação. Pesquisadora do campo das relações étnico-raciais e membra do NEAB - Núcleo de estudos afro-brasileiros da Unifesp.

Citas

ABRAMOVAY, Miriam; CASTRO, Mary Garcia (Coord.). Relações raciais nas escolas: reprodução de desigualdades em nome da igualdade. Brasília: Unesco/Inep/Observatório de Violência nas Escolas, 2006.

AGUIAR, Wanda Maria Junqueira de; OZELLA, Sergio. Apreensão dos sentidos: aprimorando a proposta dos núcleos de significação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. v. 94, n. 236. Brasília, Editora Executiva, 2013. p. 299-322.

ALMEIDA, Sílvio Luiz de. O que é o racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.

AMORIM, Marcos Paulo. Macumba no imaginário brasileiro: a construção de uma palavra. Anais do II Simpósio de Pesquisa da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, 2013.

ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. 5ª ed. Campinas, SP: Papirus. 2000

ARAÚJO, Patrício Carneiro. Entre o terreiro e a escola: Lei 10.639/2003 e a intolerância religiosa sob o olhar antropológico (Tese de Doutorado em Ciências Sociais – Antropologia) PUC/SP, São Paulo, 2015

ARAUJO, Patrício Carneiro. 2017. Entre Ataques e Atabaques: intolerância religiosa e racismo nas escolas. São Paulo: Aché.

BAKKE, Rachel R. B. Na escola com os orixás: o ensino das religiões afro-brasileiras na aplicação da Lei 10.639. São Paulo: Universidade de São Paulo, Departamento de Antropologia Social, tese de doutorado, 2011.

BERGER, Peter & LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. Petrópolis, Vozes, 1983.

BOURDIEU,Pierre; PASSERON, Jean Claude. A Reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino. Petrópolis: Vozes, 2008.

CAPUTO, Stela Guedes. Educação nos terreiros e como a escola se relaciona com as crianças de candomblé. São Paulo: Editora Pallas, 2012.

CARRANO, Paulo. A participação social e política de jovens no Brasil: considerações sobre estudos recentes. Revista O Social em Questão, Rio de Janeiro, ano 15, n. 27, v. 1, p. 83-100, 2012.

DINIZ, Débora, LIONÇO, Tatiana, CARRIÃO, Vanessa. Laicidade e ensino religioso no Brasil. Brasília: UNESCO, Editora Letras Livres, Editora UnB, 2010.

FONSECA, Dagoberto José. Você conhece aquela?: a piada, o riso e o racismo à brasileira. São Paulo: Selo Negro, 2012

GOMES, Nilma Lino. Trajetórias escolares, corpo negro e cabelo crespo: reprodução de estereótipos ou ressignificação cultural? Rev. Bras. Educ. [online]. 2002, n.21, pp.40-51.

GOMES, Nilma Lino. Prefácio In: Educação nos terreiros e como a escola se relaciona com as crianças de candomblé. São Paulo, Editora Pallas, 2012.

GOMES, Nilma Lino; JESUS, Rodrigo Ednilson de. As práticas pedagógicas de trabalho com relações étnico-raciais na escola na perspectiva de Lei 10.639/2003: desafios para a política educacional e indagações para a pesquisa. Educar em Revista, n. 47, p. 19-33, 2013.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo demográfico 2010: característica da população e dos domicílios. Resultados do universo.

LEAL, Záira Fátima de Rezende Gonzalez. A Adolescência segundo a Psicologia Histórico-Cultural: A concepção de Vygotsky Adolescence according. NÚMERO 41–ANO XXI–DEZEMBRO 2016, v. 41, p. 77-99, 2016.

MARANHÃO FILHO, Eduardo Meinberg de Albuquerque. O navio negreiro do racismo religioso “reverso” e a escola como porto inseguro. Revista Semina, v. 17, n. 1, p. 10-30, 2017.

MEZZOMO, Frank Antonio; PÁTARO, Cristina Satiê de Oliveira; ROSA, Daiana Nunes da. Religião e política: aproximações e permeabilização a partir do olhar de jovens universitários. Revista Fragmentos de Cultura-Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, v. 27, n. 1, p. 44-57, 2017.

MOURA, Adriana Ferro; LIMA, Maria Glória. A reinvenção da roda: roda de conversa: um instrumento metodológico possível. Revista Temas em Educação, João Pessoa, v. 23, n.1, p.98 -106, jan./jun. 2014

MUNANGA, Kabenguele (Org.) Superando o racismo na escola. Brasília: MEC/Secretaria de Ensino Fundamental, 1999.

ONOFRE, Joelson Alves. Repensando a questão curricular: caminho para uma educação anti-racista. Práxis Educacional. Vitória da Conquista v. 4, n. 4 p. 103-122 jan./jun. 2008

ROSEMBERG, Fúlvia. Raça e desigualdade educacional no Brasil. In: AQUINO, Júlio Groppa (org.). Diferenças e Preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo, Editora Summus, 1998.

SANTOS, Wéllia Pimentel. História, Cultura e Intolerância acerca das religiões de Matrizes Africanas. Revista de Estudos de Cultura, v. 5, n. 13, p. 39-52, 2019

SILVA, Geraldo da; ARAÚJO, Márcia. Da interdição escolar às ações educacionais de sucesso: escolas dos movimentos negros e escolas profissionais, técnicas e tecnológicas. In: História da Educação do Negro e outras histórias. ROMÃO, Jeruse (org.). Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.

SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença In: Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Tomas Tadeu da Silva (org.). Stuart Hall, Kathryn Woodward. 15. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

VALENTE, GABRIELA ABUHAB. Socialização profissional docente ou como uma prática se naturaliza? Um estudo sobre a naturalização do religioso na prática docente. Educação em Revista, v. 36, 2020.

VYGOTSKY. Lev Semenovich. A construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

Publicado

2022-12-22

Cómo citar

SILVA, C. Q. da .; MARTINS , E. . Sentidos y significados sobre religiones de matrices africanas en el contexto de la escuela. Revista Electrónica de Educación, [S. l.], v. 16, p. e5514020, 2022. DOI: 10.14244/198271995514. Disponível em: https://reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/5514. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

Dossiê Religião, discriminação e racismo no espaço escolar
##plugins.generic.dates.received## 2022-05-05
##plugins.generic.dates.published## 2022-12-22