O viver criativo e a adolescência: Uma experiência no espaço escolar
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271991268Abstract
DOI: http://dx.doi.org/10.14244/198271991268
Este artigo propõe-se a refletir sobre os elementos promotores do viver criativo no espaço escolar. Para tanto utilizamos a concepção de Winnicott acerca da criatividade como elemento que permeia todos os fazeres humanos, para além do fazer artístico. A criação envolve o que ele chama de viver criativo como um modo de vida com saúde no amplo sentido do termo. A escola, como um dos lugares centrais de interações e constituição do humano, relaciona-se com a criatividade na medida em que fomenta ou não aspectos desse viver criativo. As ideias aqui apresentadas resultam da pesquisa longitudinal realizada com alunos de uma escola da rede pública estadual do Ceará, Brasil, acompanhados do primeiro ao terceiro ano do Ensino Médio. Delineando-se como pesquisa-ação, foram utilizados diversos instrumentos na busca de informações como levantamento tipo survey, oficinas de partilha de narrativas e entrevistas. Os resultados apontaram elementos negativos na escola, como os conflitos nas relações entre alunos e seus pares, professores e gestão escolar e o estresse vivido nas dificuldades de aprender em sala de aula. Os sujeitos valorizaram as amizades e a formação de bons vínculos, apontando a necessidade de criação de espaços de diálogo na instituição escolar como uma alternativa para que ela se estabeleça como lócus promotor do viver criativo.
Palavras-chave: Criatividade, Educação, Psicanálise, Adolescentes.
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