A COMUNICAÇÃO ORAL NAS AULAS DE MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
DOI:
https://doi.org/10.14244/19827199410Resumo
Desde as reformas curriculares da década de 1980 vem se discutindo a necessidade de uma nova cultura de aula que possibilite os processos de significação matemática, rompendo com práticas centradas apenas em procedimentos algorítmicos e mecanizados. Os processos de comunicação vêm se impondo como condição necessária para a aprendizagem matemática. Nos últimos anos, várias pesquisas foram desenvolvidas tomando os processos de escrita como uma das formas de comunicação entre os alunos e entre estes e os professores. No entanto, pouco se tem discutido sobre a importância da oralidade nas aulas de matemática. O presente artigo se propõe a discutir a constituição de um ambiente de aprendizagem que proporcione a oralidade nas aulas de matemática como forma de desenvolver a argumentação nos alunos e possibilitar o movimento de elaboração conceitual. Parte-se de pressupostos vigotskianos e bakhtinianos para a construção de um quadro teórico que dê sustentação aos processos de comunicação e significação em sala de aula. Tais pressupostos norteiam a análise de dois episódios em sala de aula com alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, de escolas públicas paulistas. Nesses episódios evidenciam-se como a interação verbal e a mediação pedagógica possibilitam modos de argumentação e a circulação de significações matemáticas.
Palavras-chave: Comunicação; Interação verbal; Mediação pedagógica; Matemática nos anos iniciais.Métricas
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