Contextos físicos escolares e o brincar: uma análise comparativa entre escolas de educação infantil
DOI:
https://doi.org/10.14244/reveduc.v18i1.6029Parole chiave:
cAbstract
O presente estudo teve por objetivo investigar se os espaços físicos escolares interferem no brincar de crianças da Educação Infantil. Para tanto, buscou-se investigar as brincadeiras realizadas por 86 crianças de três instituições escolares, que possuem diferentes configurações espaciais. O método utilizado para a observação das brincadeiras praticadas pelas crianças e para o registro dos dados teve como pressupostos os elementos da Etologia. Para a análise dos dados foi utilizado o software Statistical Package for Social Sciences. Os resultados obtidos sugerem que há influência direta dos espaços físicos escolares no brincar desenvolvido pelas crianças, em suas interações sociais e na participação dos professores nas atividades. Nas escolas em que os espaços são reduzidos as crianças tendem a praticar mais atividades que são direcionadas pelos professores e as que apresentam características de manipulação. Já nas escolas que possuem espaços maiores as brincadeiras de maior frequência são aquelas que envolvem atividades de locomoção. Tais resultados incitam discussões sobre os espaços das escolas de Educação Infantil, pois impactam diretamente as práticas pedagógicas desenvolvidas e, assim, devem nortear a sua estruturação à luz das políticas públicas para a educação da infância. Em essência os resultados indicam que o contexto físico das escolas impõe restrições e modificam os modos de brincar. Desse modo, destaca-se a necessidade de um olhar sistêmico para os espaços das escolas, observando-se os impactos para o processo de aprendizagem.
Metriche
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