O LULISMO E A MUDANÇA DA NATUREZA DO TRABALHO DOCENTE
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271991016Resumen
DOI: http://dx.doi.org/10.14244/198271991016
A história recente do Brasil, e da educação brasileira em particular, é permeada por continuidades, descontinuidades ou rupturas decorrentes das mudanças na economia, na estrutura do aparelho de Estado, na sociedade civil, nas instituições republicanas e na constituição da sociabilidade do indivíduo. Este texto defende a hipótese de que nas últimas duas décadas as universidades públicas federais brasileiras tornaram-se agências executivas de políticas públicas de competência do Estado. Desenvolve o argumento a partir de um percurso histórico que remonta à década de 1980, para afirmar a hipótese central em duas dimensões: (1) na mercantilização da produção do conhecimento e (2) na certificação em massa. No primeiro caso, localiza um direcionamento da produção científica voltada para áreas economicamente prioritárias e, portanto, as mais diretamente relacionadas às demandas de mercado. Na segunda dimensão – a da certificação em massa – dirigida principalmente para setores sociais mais empobrecidos da população, a expansão do sistema objetiva fornecer mais força de trabalho para a execução do trabalho precarizado, ao mesmo tempo em que se constitui em um estrutural apelo para a produção da hegemonia às avessas. Conclui, analisando que a mudança do papel da universidade pública fortalece a forma peculiar de hegemonia da história brasileira atual: o lulismo.
Palavras-chave: Reforma da Educação Superior, Predominância Financeira, Lulismo
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