Justiça para além do mundo do espetáculo, da ordem e da segurança
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271994720Palavras-chave:
Fassin, Nietzsche, castigo, justiça.Resumo
O artigo tem por objetivo analisar as relações entre castigo e justiça considerando o pensamento de Fassin e Nietzsche. As exigências e dinâmicas do convívio social, pautadas prioritariamente pela moralização dos costumes reduzem a possibilidade de pensar sobre a justiça e insistem em afirmar que é preciso punir para proteger a sociedade. Trata-se de um populismo penal, mais fácil de editar do que a justiça social. Pensar e investigar sobre os fundamentos do castigo implica pensar sobre nós mesmos e nossos valores para apresentar aos leitores como o castigo foi definido ao longo da história passando por vários teóricos e como passamos de uma lógica de reparação a uma lógica do castigo, ou ainda de uma economia afetiva da dívida a uma economia moral do castigo. Para pensar sobre a justiça é preciso considerar os contextos histórico, cultural e político que designam distintas formas de castigo que se administram e a necessidade de compreender que elas todas não derivam de lógicas racionais apenas. O castigo não se distribui uniformemente nos espaços sociais e por isso indagamos: a quem então se castiga? Concluímos ser necessário gestar nas instituições de ensino um tipo de formação capaz de acolher a variedade de pensamento, pluralidade de normas, e até mesmo uma espécie de politeísmo pedagógico para fazer aparecer a diferença e a dissonância, para então pensar sobre a justiça.
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