Políticas Educacionais e Proesde: Uma experiência de formação docente no Estado de Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271993924Palavras-chave:
BNCC, Currículo, Formação docente, Políticas educacionais.Resumo
O texto propõe relatar uma experiência de formação docente junto ao Proesde/Licenciatura (Programa de Educação Superior para o Desenvolvimento Regional do Estado de Santa Catarina), vinculado à Universidade Regional de Blumenau – FURB. No ano 2018, tal programa buscou qualificar os estudantes de licenciatura para atuarem frente à BNCC (Base Nacional Comum Curricular), configurada como sendo uma política pública de padronização do currículo nacional. Dentro do programa previsto de formação, foi proporcionado um encontro que percorresse outros fluxos do até então instituído e discursado sobre a BNCC, problematizando o currículo através do viés epistemológico pós-crítico, que o interpreta como sendo um campo de disputas pela significação do que vem a ser currículo e como ele deve operar na instituição escolar. Essa perspectiva entende que as decisões políticas são determinadas por discursos de verdade que cristalizam normas comuns e totalitárias que merecem ser questionadas, fazendo emergir os antagonismos daquilo que foi sedimentado em decorrência de uma escolha/ato de poder. Assim, a BNCC coloca em dúvida sua própria legitimidade no contexto social-político-econômico atual. Objetivou-se nesse encontro de formação discutir, junto aos licenciandos, através de textos e vídeos, as contingências e os fluxos da BNCC, defendendo a ideia de uma política curricular sem fundamentos para poder, a partir daí, pensar possibilidades de currículos-outros, menos hegemônicos, normatizados, desiguais, excludentes, assistidos pela ideia de educação menor. O resultado proveniente de tal discussão cristalizou-se na atividade de escrita e reescrita de uma nuvem de palavras ao longo da formação, na qual a Base passou de um conjunto de afirmações para um conjunto de incertezas e interrogações.
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