Percepções de estudantes e professores sobre métodos ativos para a formação de médicos
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271993732Palavras-chave:
Formação médica, Aprendizagem baseada em problemas, Avaliação do ensino.Resumo
No contexto de modernização da educação médica, pela qual as faculdades de medicina perpassam no Brasil com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais, é recomendada a utilização de métodos ativos de ensino e aprendizagem, que surgem como alternativas a fim de se garantir a competência profissional. O objetivo dessa pesquisa foi o de explorar as percepções de estudantes e professores sobre os métodos ativos para a formação de médicos. O estudo é descritivo, quantitativo e qualitativo e contou com a aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas para estudantes e professores de uma faculdade do interior do Estado de São Paulo (Brasil). Os dados dos questionários foram dispostos em tabelas e descritos em porcentagens correspondentes, e as entrevistas transcritas para realização de análise de conteúdo, modalidade temática. Estudantes e professores consideraram que o processo desencadeado em métodos ativos promove habilidades de raciocínio crítico, autonomia, comunicação, interdependência positiva em relação aos colegas além do conhecimento cognitivo. Avaliaram também que os métodos ativos na graduação em medicina trazem benefícios cognitivos, psicossociais e motores. Assim, pode-se concluir que o currículo com métodos ativos suscita uma formação com postura ativa do estudante, facilita a resolução de problemas da prática profissional e pode levar à transformação da realidade social da saúde.
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