BNC-Formação: mais um passo em direção a mercantilização da educação através da formação docente
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271994513Resumo
Este artigo apresenta uma pesquisa documental que tem por objetivo fazer uma análise comparativa entre as Resoluções CNE/CP 1/2002, CNE/CP 2/2015 e CNE/CP Nº 2, de 20 de dezembro de 2019 – BNC Formação, que tratam sobre as diretrizes curriculares nacionais para os cursos de formação de professores, em especial no que se refere a curricularização e ampliação de atividades práticas nos cursos de licenciatura. Tema considerado relevante por pesquisadores da área da educação que apontam lacunas na formação docente devido à falta de experiências práticas no decorrer do curso e a necessidade de uma maior integração entre universidade e a educação básica. Buscando minimizar essas lacunas o Conselho Nacional de Educação vem propondo mudanças através das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores. Porém tivemos nos últimos anos 03 diferentes resoluções sobre as diretrizes para a formação docente, sendo que a última sempre revoga a anterior. Assim este artigo busca analisar as convergências e dissonâncias entre as resoluções anteriores e atual BNC-Formação em relação às atividades de prática docente e a aproximação entre a universidade e a escola básica. Os resultados desta pesquisa apontam que há consonância quanto ao entendimento da importância das atividades práticas na formação docente e são mantidos os quantitativos de horas reservados para este fim, porém são propostas novas abordagens. Quanto a dissonâncias, na nova resolução há grande foco na formação de competências o que demonstra consonância com interesses neoliberais, não apresentado nas resoluções anteriores.
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