A produção de subjetividades docentes na educação profissional e tecnológica: Em ação o dispositivo currículo
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271991236Abstract
DOI: http://dx.doi.org/10.14244/198271991236
Este texto tem por objetivo analisar a organização curricular de um curso do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) de um campus do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), Brasil, enquanto dispositivo que produz os sujeitos professores nesse território de pesquisa. Tendo como base desdobramentos da produção de dados de uma pesquisa de mestrado e a partir das problematizações de Michel Foucault, entende-se o dispositivo currículo como uma prática discursiva que organiza estrategicamente o currículo escolar de forma a regular as condutas dos docentes. A produção de subjetividades nesse contexto é mapeada pelo método cartográfico, utilizando-se como corpus de análise registros do diário de campo utilizado na pesquisa, cujas anotações reuniram informações e impressões do contexto pesquisado, a partir da observação do cotidiano dos docentes envolvidos e dos discursos que circulavam no campus. Considera-se, em nível de resultados, que o dispositivo currículo se configura em um território de disputas entre professores e equipe gestora do campus, constituindo-se em uma tecnologia de poder que consiste em uma objetivação do sujeito, ou seja, em uma prática que permite pensá-lo como um objeto para um conhecimento possível, um indivíduo governável: sujeito sujeitado. Ao mesmo tempo, captura-os através de técnicas de si, que determinam como devem ser os sujeitos professores para eles próprios, subjetivando-os. O sujeito professor da educação profissional e tecnológica que trabalha com o Proeja é, pois, um sujeito em produção constante, entre disputas e verdades, saber e poder.
Palavras-chave: Currículo, Formação de professores, Jogos de verdade.
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