Guarda de filhos de mulheres presas e a ecologia do desenvolvimento humano

Autores/as

  • Claudia Stella Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Vânia Conselheiro Sequeira Universidade Presbiteriana Mackenzie

DOI:

https://doi.org/10.14244/198271991195

Resumen

DOI: http://dx.doi.org/10.14244/198271991195

No Brasil, quando uma mãe é presa, existem três possibilidades de guarda para seus filhos pequenos: em abrigo, em família substituta ou no berçário/creche do presídio. O objetivo deste artigo teórico é dialogar com autores do desenvolvimento humano, como Spitz, Bowlby e, especialmente, Bronfenbrenner, para entender as principais influências da prisão no desenvolvimento das crianças e nas suas possibilidades de guarda. Este artigo também apoia-se em teóricos dos estudos prisionais, como Foucault e Goffman, para avançar nas análises sobre a ecologia do desenvolvimento humano e o ambiente prisional. A separação mãe-filho, repentina ou não, em decorrência da prisão e de suas possíveis consequências – como a mudança no tipo de guarda da criança – pode influenciar o ambiente desenvolvimental no qual a criança está inserida, modificar sua relação na díade mãe-filho e, consequentemente, forçá-la a passar por transições ecológicas capazes de afetar o seu desenvolvimento. Conclui-se que o ambiente prisional é um contexto específico de desenvolvimento humano que carrega consigo todo um significado de punição e segregação social e que, portanto, não pode ser considerado um ambiente neutro, ou equivalente à casa ou à escola; antes, interfere em todo o processo desenvolvimental de crianças de mulheres presas que se encontram em seu interior e em outros processos de guarda, como em instituições e na família substituta.

 

Palavras-chave: Ecologia do desenvolvimento humano, Filhos de mulheres presas, Guarda, Vulnerabilidade social.

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Biografía del autor/a

Claudia Stella, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Graduação em Psicologia pela Universidade Metodista de São Paulo (1992), mestrado em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000) e doutorado em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005). Atua como professor adjunto na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Tem experiência na área de Psicologia e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: filhos de mulheres presas, políticas públicas, desenvolvimento humano, teoria crítica da sociedade e socialização.

Publicado

2015-11-28

Cómo citar

STELLA, C.; SEQUEIRA, V. C. Guarda de filhos de mulheres presas e a ecologia do desenvolvimento humano. Revista Electrónica de Educación, [S. l.], v. 9, n. 3, p. 379–394, 2015. DOI: 10.14244/198271991195. Disponível em: https://reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/1195. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

Ensaios
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##plugins.generic.dates.published## 2015-11-28