A constituição da escola no sudoeste paranaense: conflitos agrários e companhias colonizadoras na fronteira (1940-1980)
DOI:
https://doi.org/10.14244/reveduc.v18i1.6003Schlagworte:
cAbstract
A história da educação da região sudoeste do Paraná e suas características singulares, instiga a pesquisar sobre a constituição dessa que foi uma das últimas áreas do estado a ser explorada. O presente artigo tem por objetivo investigar a história das escolas do campo e urbanas. A metodologia aqui empregada é de caráter qualitativo e envolve o emprego de análise documental. A pesquisa teve como fontes os relatórios produzidos por autoridades locais, as publicações de autores da região, memorialistas e alguns artigos produzidos por expedições de pesquisadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) que, nas décadas de 1950 a 1970, enviou para o sudoeste e outras regiões do país, grupos de agentes para levantar dados e produzir relatórios. A pesquisa identificou os desafios presentes nas escolas no campo, as dificuldades de formação, a forte presença de professores leigos, a influência da igreja na constituição das instituições escolares e o importante papel dos docentes nas comunidades isoladas do interior dos municípios. A criação e instalação de escolas era parte dos projetos das companhias colonizadores para ocupar a região e garantir a exploração dos recursos naturais, especialmente a madeira, em um momento de expansão da indústria de capital estrangeiro no Brasil. Ocupar o interior do país, especialmente as regiões de fronteira, era essencial para ampliar a oferta de recursos naturais, garantir a posse das áreas e ampliar o mercado consumidor ainda que precariamente.
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##plugins.generic.dates.published## 2024-10-14