BRINCO, FANTASIO, MUDO DE NOME E TRANSGRIDO PARA BRINCAR: EXPERIÊNCIAS BRINCANTES DE CRIANÇAS SOB A ÉGIDE DA PROTEÇÃO INTEGRAL
DOI:
https://doi.org/10.14244/19827199647Resumo
Este estudo é a respeito de algumas reflexões sobre a infância, em especial das brincadeiras das crianças institucionalizadas. Remete questões sobre institucionalização da infância, o desafio das instituições para implementação de práticas balizadas nas diretrizes do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a percepção de quem são as crianças institucionalizadas, as experiências lúdicas das crianças e as estratégias utilizadas para suportar a separação e a sensação de abandono. Igualmente, partilha a ideia de que as práticas consideradas como próprias das crianças, desde as normas, representações, obrigações e modos de se relacionar com seus pares e adultos, foram notáveis recentemente na Modernidade e quatro fatores são importantes nesse processo de estruturação. O primeiro é a criação da escola pública no final do século XVIII; segundo, a reorganização de família nuclear que aos poucos abarcou as outras formas de agrupamento familiar tais como o clã, a família alargada, poligâmica e outras; terceiro, a produção de um conjunto de saberes institucionalizados, saberes periciais; sobre a criança normal associada a um conjunto de prescrições, de natureza médica, psicológica, pedagógica e comportamental, por último, a administração simbólica da infância com definição, implícita e explícita, de regras de inclusão, interdição, compulsão e reconhecimento das crianças. A infância é reconstruída na Modernidade por meio de dispositivos institucionais, como a escola, a família e a justiça. E, finalmente, algumas reflexões a respeito das brincadeiras e da infância. Historicamente cunhamos uma infância irregular, invisível, frágil a tal ponto que não é capaz até mesmo de brincar, sendo necessária extrema vigilância. Esta infância atravessada por negatividade, de fato não quer ter visibilidade, prefere o anonimato. Entretanto a infância considerada na SI (Sociologia da Infância) requer um olhar diferenciado e transformador. Um olhar atento a suas necessidades e desejos, isso requer um grande desafio dentro da instituiçao, pois pressupõe significativas mudanças nas práticas. Um olhar que busque além do que simplesmente vê, mas que seja capaz de compreender seus sonhos e imaginação. Cumprir plenamente seus direitos com prioridade absoluta.Palavras-chave: Infância; Crianças abrigadas; Brincadeiras; Jogos.
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Publicado
25-05-2013
Como Citar
OLIVEIRA, S. C.; GOMES, C. F. BRINCO, FANTASIO, MUDO DE NOME E TRANSGRIDO PARA BRINCAR: EXPERIÊNCIAS BRINCANTES DE CRIANÇAS SOB A ÉGIDE DA PROTEÇÃO INTEGRAL. Revista Eletrônica de Educação, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 56–69, 2013. DOI: 10.14244/19827199647. Disponível em: https://reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/647. Acesso em: 21 nov. 2024.
Edição
Seção
Artigos
Licença
Licença CC-BY-NC
(Atribuição Não Comercial)
Essa licença permite, exceto onde está identificado, que o usuário final remixe, adapte e crie a partir do seu trabalho para fins não comerciais, sob a condição de atribuir o devido crédito e da forma especificada pelo autor ou licenciante.
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