A reconfiguração subjetiva da formação continuada em serviço do pedagogo: um estudo de caso

Resumo

O trabalho objetiva analisar o processo de reconfiguração subjetiva sobre formação continuada em serviço dos pedagogos que atuam como formadores dentro das escolas. Para tanto, apresenta as informações construídas a partir de um estudo de caso de uma pedagoga na experiência de um curso de formação continuada. A discussão se pauta teórica, epistemológica e metodologicamente nos pressupostos da obra de Fernando González Rey (1949-2019) sobre a Teoria da Subjetividade, que compreende a subjetividade como um sistema complexo e dinâmico de produção de sentidos subjetivos gerados nas experiências de vida, que se organizam recursiva e relacionalmente no nível social e individual. Essa organização refere-se às configurações subjetivas que integram esse sistema de produções subjetivas da pessoa. Metodologicamente, com base nos pressupostos da Epistemologia Qualitativa, também elaborada pelo referido autor, a  investigação foi construída a partir da intercalação de três princípios importantes que permeiam todo o processo de construção do conhecimento: (a) o caráter dialógico desse processo, (b) a construção-interpretativa e (c) a singularidade da situação investigada.  O estudo conclui que a pedagoga, no processo da experiência formativa, experienciou situações favorecedoras de novas produções subjetivas que a possibilitaram reconfigurar subjetivamente sua compreensão sobre formação continuada enquanto espaço de possibilidades à reflexão crítica, promoção à autoconfiança e ao protagonismo da ação.