Por que professores utilizam vídeos como mediadores no processo de aprendizagem?
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271993831Palavras-chave:
Docentes de Sorocaba; Interatividade, Instigar.Resumo
Este artigo se constituiu a partir de uma pesquisa realizada para investigar os motivos que levam os professores a utilizar vídeos em suas aulas no município de Sorocaba/SP. Trata-se de uma pesquisa exploratória de cunho qualiquantitativo, que utilizou como instrumento de coleta de dados um questionário com roteiro de questões fechadas e abertas, aplicadas virtualmente; participaram do estudo vinte e cinco docentes, de diversos segmentos da educação básica. Foi realizada tabulação das questões fechadas e análise de conteúdo das questões dissertativas abertas. Os resultados apresentam os motivos que os docentes alegam para utilizar (ou não) vídeos em suas aulas e opções metodológicas daqueles que utilizam este recurso, inclusive relacionadas às fases do ciclo profissional em que se encontram. O grupo minoritário dos que não utilizam argumentam sobre falta de estrutura física e/ou tempo para assistir e selecionar as obras; os docentes que fazem uso do vídeo em aula utilizam para ilustrar e complementar o conteúdo da disciplina, destacando entre os motivos mais comuns para a escolha deste recurso a interatividade proporcionada, por considerarem a sociedade atual como uma “Sociedade da Imagem”. As justificativas apresentadas para a escolha deste instrumento mediador puderam ser categorizadas em seis temas: Complementação; Sociedade de Imagem; Introdução; Instigação; Interatividade; Lazer. Tais categorias emergem consoantes aos objetivos de exibição do vídeo e fornecem indícios sobre as metodologias empregadas pelos docentes; nesse sentido verificou-se certo padrão estrutural, que consiste em três momentos: 1-apresentação do tema, 2-exibição do vídeo e 3-retorno. Houve, contudo, variação nas formas de apresentação do tema (exposição teórica, levantamento de conhecimentos prévios, questionário), na forma como ocorre a exibição (com ou sem pausas) e na conclusão da ação (roda de conversa e/ou produção textual).
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