Os índios e a educação no mundo colonial: fronteira oeste da América portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271991177Resumo
DOI: http://dx.doi.org/10.14244/198271991177
A experiência da colonização portuguesa em sua relação com os indígenas e possíveis ações educativas até a primeira metade do século XVIII alcançou espacialidades distintas, entre as quais a sua fronteira oeste, a denominada Capitania de Mato Grosso, Brasil. Este estudo visa historicizar alguns aspectos relativos ao trato com os indígenas, especialmente no que diz respeito às possibilidades “educativas” evidenciadas pela Coroa Portuguesa e por seus signatários em territorialidades outrora indígenas, que com o passar do tempo e das ações lusitanas compuseram os domínios do Império Transatlântico Português. O objetivo central é apresentar por meio dos registros de Dom Antonio Rolim de Moura, primeiro governador, aspectos relativos à educação indígena, numa perspectiva de via de mão dupla, em que ao mesmo tempo em que a política ensejava “docilizar” os indígenas, tornando-os trabalhadores aos moldes ocidentais, a própria sociedade envolvente aprendia com os grupos étnicos diversos que eram os primeiros “professores” por assim dizer. Se por um lado o cativeiro “educou” para o trabalho de forma velada, havia constantemente as sanções ou tentativas de punir aqueles que se valiam dessa mão de obra. Destaca-se também a influência religiosa no que concerne à temática. Adota-se a perspectiva da colonialidade do saber em que figura como expoente Immanuel Wallerstein e a teoria do sistema-mundo ao considerar como a perspectiva eurocêntrica adentrou espaços distintos, inclusive na América. Os dados da pesquisa referem-se às fontes oficiais publicadas e também disponíveis no acervo do Museu do Índio – Fundação Nacional do Índio na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Palavras-chave: Indígenas, História da Educação, Capitania de Mato Grosso.
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