INTERFACES ENTRE APRENDIZAGENS E EXPECTATIVAS DE VIDA E EXPERIÊNCIAS ESCOLARES DE MULHERES ENCARCERADAS: ENFRENTANDO A REALIDADE DA REINTEGRAÇÃO SOCIAL
DOI:
https://doi.org/10.14244/19827199697Resumo
Nos últimos anos, a educação da pessoa privada de liberdade foi colocada na pauta político-educativa brasileira como um direito subjetivo. Apostou-se nela como ferramenta indispensável para a chamada reintegração social da pessoa encarcerada, porquanto pode contribuir para diminuir os índices alarmantes de reincidência. Neste artigo, refletimos sobre a problemática da reintegração com base nas histórias de vida narradas por mulheres presas em um presídio de João Pessoa – PB. Sem negar a importância da proposta pedagógica que a escola do presídio oferece, consideramos necessário estabelecer um diálogo entre as aprendizagens de vida e a experiência escolar da mulher antes de ser presa; as aprendizagens da prisão e suas expectativas e/ou planos para a vida em liberdade ao concluir a sentença e buscar se inserir numa sociedade regida por preconceitos sociais ainda enraizados. Questionamos se a escola prepara as mulheres para um mundo real ou para um mundo ilusório. De acordo com os depoimentos das mulheres, verificamos as inúmeras dificuldades que a escola da prisão enfrenta, para garantir às encarceradas o ideal ressocializador necessário ao enfrentamento do mundo real dentro e fora das grades. Também concluímos que, na prisão, é preciso investir em projetos e programas que estabeleçam mais articulação entre educação e trabalho e que contribuam para que a sociedade participe mais das proposições e ações voltadas aos ideais de reintegração social dessa população. Consideramos esse apartheid social também uma questão educacional que precisa ser aprofundada em âmbito acadêmico e enfrentada politicamente.
Palavras-chave: mulheres encarceradas; aprendizagens de vida; educação em prisões; reintegração social.
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