O discurso religioso em uma escola de Educação Infantil: entre o silenciamento e a discriminação
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271991162Resumo
DOI: http://dx.doi.org/10.14244/198271991162
Este artigo discute parte dos resultados de uma dissertação de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, desenvolvida em uma escola de Educação Infantil da rede municipal de ensino de Duque de Caxias, cidade situada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil. Trata-se de uma pesquisa etnográfica que contou com observações participantes em uma turma de crianças de 5 e 6 anos de idade no período de outubro de 2010 a agosto de 2011. Fundamenta-se teoricamente nos estudos da linguagem de Bakthin (1995, 2006), da laicidade (BOBBIO, 1999; CUNHA, 2011; FISCHMANN, 2008) e da filosofia e sociologia da infância (BENJAMIN, 1993; CORSARO, 2009, 2011; SARMENTO, 2010). O presente artigo tem como objetivo analisar como discursos religiosos que circulam pelo cotidiano de uma escola pública de Educação Infantil se articulam a questões étnico-raciais, reproduzindo, na escola pública, exclusão e discriminação. O estudo apontou que a não laicidade da escola pública, com a naturalização da explicitação pública de um credo e o uso da escola como lugar de evangelização, desconsidera as diferenças e discrimina, principalmente, as religiões afro-brasileiras.
Palavras-chave: Infância, Educação Infantil, Democracia, Laicidade.
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