Creche e racismo
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271991118Resumo
DOI: http://dx.doi.org/10.14244/198271991118
Este artigo tem como objetivo, a partir dos estudos sobre relações raciais, debater a presença de mecanismos racistas na educação infantil, primeira etapa da educação básica. Trata-se de uma reflexão construída a partir de uma pesquisa etnográfica, realizada em uma creche da região metropolitana de Campinas, Brasil, envolvendo crianças pequenininhas de três anos e suas/seus docentes. As análises dos dados apontam a existência de processos racistas que contribuem para o afastamento dos aportes afro-brasileiros e africanos dos espaços da educação infantil e na exclusão de meninas pequenininhas negras e meninos pequenininhos negros do campo social permissível às experiências relativas à aceitação do seu corpo, de sua ancestralidade. Nesse contexto, podemos, ainda, perceber a presença de uma pedagogia “embranquecedora”, já fortemente denunciada pelo movimento negro a partir da década de 1980, que se embasa num modelo educacional com propósitos de reprodução de preconceitos referentes às crianças pequenininhas negras e a cultura e história africana e afro-brasileira.
Palavras-chave: Racismo, Culturas infantis, Criança pequenininha negra, Creche.
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##plugins.generic.dates.published## 2015-08-24