Um futuro sem esperanças? Reflexões sobre a distopia de Alfonso Cuarón
DOI:
https://doi.org/10.14244/198271995339Parole chiave:
cAbstract
O valor da vida tem assumido diversas facetas em diferentes períodos históricos, sendo comum associar o inusitado de tal situação com certas ficções, sobretudo as que traduzem distopias. Filhos da Esperança (Children of Men, 2006), de Alfonso Cuarón, apresenta uma história caracterizada como distópica e que tem como centro de sua narrativa um mundo em choque diante do contexto estabelecido: os seres humanos se encaminham para a extinção devido à inviabilidade reprodutiva. Baseado na obra homônima de P. D. James, o longa-metragem traz um olhar crítico e sensível para debater questões recentes, com claras alusões à geopolítica contemporânea e à situação de imigrantes e refugiados, sobretudo no contexto europeu. Por meio de uma postura pessimista restrita ao tempo presente, Filhos da Esperança orienta sua leitura histórica para um futuro de esperança. Este trabalho aproxima a referida narrativa fílmica de uma hermenêutica da condição histórica, associando o problema da infertilidade presente na trama com a falta de perspectiva que acomete muitos indivíduos na sociedade hodierna. Estruturado em quatro partes, o texto acentua a conexão entre a destruição ecológica e a esterilidade humana, relacionando-as à falta de uma perspectiva histórica sinalizada por Cuarón, o que influenciaria na percepção do reconhecimento do passado como elemento constitutivo do presente – e no caso do filme, de um passado conivente com a destruição ecológica do planeta que constitui seu cenário. Com reflexões sobre distopia e utopia, problematiza-se o contexto histórico e político recente, na expectativa de lançar possíveis e novos olhares ao futuro.
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